.·.·'¯`·.·.(¯`·._.·[ Projeto Viva o Zé Pereira - 1998 ]·._.·'¯).·.·'¯`·.·. INFORMAÇÕES DO PROGRAMA : (Capa) Centro Cultural Light apresenta : VIVA O ZÉ PEREIRA Musical de Karen Acioly (Verso da Capa) Carlos Pousa, João Carlos Ventura, Luciane Mandarino, Carlos Didier, Júlia Azevedo, Silvia Aderne, Agradecimento : Beto Coimbra, Tim Rescala, Ao Bandolim de Ouro, Raul Labanca, Ângela Brasil, Margareth Menezes, Flávio Marinho, Roberto Muniz, Isaac Bernat ................................................................................................................................................. O CARNAVAL - (Página 01 e 02) Por volta de 1852, o sapateiro português José Nogueira de Azevedo Paredes, sentindo saudades de sua terra – das festas juninas de Braga – reuniu alguns amigos numa segunda-feira de carnaval e saiu pelas ruas do Rio de Janeiro, tocando seu animado bumbo e fazendo grande algazarra, com gritos ao Zé Pereira. O conjunto de bumbos e tambores, ruidosos e contagiante, sem qualquer sentido homenageante ou religioso, foi recebido com alegria pelos brasileiros, que, cansados da esquisita brincadeira do entrudo, adotaram de uma vez por todas a animação do Zé Pereira. Três anos depois, realizou-se o primeiro desfile carnavalesco organizado pela sociedade Congresso das Sumidades Carnavalescas, desvencilhando-se de uma vez por todas dos costumes entrudescos. O sucesso desta agremiação estimulou então o surgimento de outras; ranchos, blocos, cordões, clubes. Figuras notáveis daqueles tempos organizavam os desfiles, fantasiavam-se e eram assistidos pelo povo, que começava a organizar seus cordões pelos subúrbios do Rio de Janeiro. Uma deliciosa “marcha de rancho”, composta especialmente para o carnaval pela maestrina pioneira Chiquinha Gonzaga abriu alas para a ousadia musical. Essa ousadia acontecia na festa religiosa de Nossa Senhora do Rosário, mais conhecida como festa da Penha. Era uma música que diferenciava-se das polcas, habaneras, valsas e tangos: o samba. Tocando pelos quatro cantos da cidade – e principalmente nesta festa – o samba criou “corpo” em 1917, com os versos expressivos e bem feitos, de “Pelo Telefone”. Controvérsias à parte, esse samba de muitos possíveis autores, abriu passagem para a história da música no Brasil, revelando nomes e a nossa própria identidade. Essa história foi sendo legitimada nos palcos cariocas através do Teatro de Revista. O início de tudo, no entanto, é pouquíssimo conhecido, por nós cariocas, e achei que valia à pena transformarmos em encenação essa festa que é, por si só, absolutamente teatral. Foi difícil selecionar entre mais de 350 músicas esplêndidas, as que poderiam fazer parte deste nosso bloco, desse nosso teatro. Com uma equipe ímpar, arregaçamos as mangas, para divertir o público com um pouco da história dessa nossa maior festa: o carnaval. Criamos este espetáculo da melhor forma que observamos os personagens do carnaval: com alegria e desprendimento. Dividimos as cenas como alas, compusemos os personagens como alegorias e fizemos todo esse processo aprazível, uma soma de instantâneos cênicos, como se estivéssemos no meio da folia. Fazendo parte dela. Para os pequeninos assistirem com seus pais: Viva o Zé Pereira! Dedico este espetáculo aos queridos companheiros de cena: Soraya, Zé Mauro, Bolão, Susi, Carlos, Maria Teresa, Josi, Fernando e à Tininha. E ao meu querido filho, Ciro. Agradeço especialmente a Carlos Pousa, o estímulo que vem dando aos nossos espetáculos, e também aos muitos discos por ele emprestados, e como não poderia deixar de ser, ao Centro Cultural da Light, Evoé! Karen Acioly ................................................................................................................................................. Repertório 1. Dança do Urubu, 1917, autor desconhecido 2. Lero, Lero, 1941, Benedito Lacerda 3. Serenata Chinesa, 1948, João de Barro e Severino Araujo (instrumental) 4. Ó Abre-Alas, 1899, Chiquinha Gonzaga (instrumental) 5. Seu Zé Pereira, 1930, Jararaca 6. Evocação, 1957, Nelson Ferreira 7. Tem Mulher no Samba, 1951, Raimundo Olavo 8. Quer Ir Mais Eu, 1947, Luiz Gonzaga e Miguel Lima 9. Você Gosta de Brincar, 1938, Lina Pesce 10. Porta-Bandeira, 1949, Nássara 11. Marcha Triunfal de Aída, Giuseppe Verdi 12. Clube dos Barrigudos, 1944, Haroldo Lobo e Cristóvão de Alencar 13. Diabo Sem Rabo, 1939, Haroldo Lobo e Milton de Oliveira 14. Pelo Telefone, 1917, Donga, Baiano e outros 15. Nega do Cabelo Duro, 1942, Rubens Soares e David Nasser 16. Ui que Medo que Eu Tive, 1938, Aníbal Portela e Marambá 17. A Marcha do Cordão do Bola Preta, 1935, Vicente Paiva e Nelson Barbosa 18. Touradas de Madrid, 1938, João de Barro (Braguinha) e Alberto Ribeiro 19. Nunca Houve um Rapaz Como Gildo, 1947, Sanit-Clair Senna e Oswaldo Santiago 20. Vamos Brincar, 1931, Josué Barros 21. Joujoux Balangandãs, 1939, Lamartine Barbo ................................................................................................................................................. (Verso da Última Capa) - Quem Faz - Elenco Carolina Futuro Fernando Sant’Anna José Mauro Brant Josimar Carneiro (Violão de 7 Cordas) Maria Teresa Madeira (Piano) Márcio Romano Ianeli (percussão) Oscar Bolão Soraya Ravenle Susana Ribeiro ................................................................................................................................................. Ficha Técnica Texto e Direção: Karen Acioly Pesquisa: Karen Acioly e Tina Salles Direção Musical: Leandro Braga Direção de Produção: Eveli Ficher Cenografia e Pintura de Arte: Davi Bartex Figurinos: Ney Madeira Bonecos: Fernando Sant’Anna Preparação Vocal: Eveline Hecker Coreografias: Sueli Guerra Iluminação: Paulo César Medeiros Cenotécnico: Pedro Girão Assistente de Direção: Tina Salles Assistentes de Música: Maria Teresa Madeira e Pierre Tienassolla Assistente de Produção: Ângela Guaraná Assistente de Figurino: Lenita Ribeiro Assistente Cenário e Adereços: Deronico Martins Adereços de Figurino: Claudia Taylor Costureiras: Tania Dias, Maria Veloso e Tomatinho Gyrão Operador de Luz: Kátia Barreto Operador de Som: Adriano Sampaio Contrarregra: Elder Araújo Projeto Gráfico: Isabella Perrotta Ilustração: Eduardo Sidney ................................................................................................................................................. (Última Capa – Foto dos Atores quando crianças) Bloco do Zé Pereira Carolina Futuro Karen Acioly Soraya Ravenle Parece o Josimar? Maria Teresa Madeira Tina Salles Susana Ribeiro Fernando Sant’Anna José Mauro Brant E o Márcio já pensava ser percussionista? Será que o Oscar era bolão, bolinha ou bolinho? Patrocínio (Logo) Light .·.·'¯`·.·.(¯`·._.·[ Resgate www.carnaxe.com.br]·._.·'¯).·.·'¯`·.·.