15 anos de axé music. Lembram-se de "Fricote" ? Aquela música que dizia assim: "... pega ela aí, pega ela aí.
Pra que? Pra passar batom, que cor? Violeta. Na boca e na buchecha ...".
ela é considerada um marco na música baiana, a canção que inaugurou axé musica. Criada por Paulinho Camafeu e interpretada por Luiz Caldas. Fricote conquistou a Bahiae ,e em pouco tempo, o país.
Em 85, Luiz Caldas liderando a banda Acordes Verdes, que tinha Carlinhos Brown na percussão, abriram as portas para a turma da pesada. Sarajane ("Abre a rodinha"), Gerômino ("Eu sou negão"), Banda Refelxus ("Madagascar"),
Cid Guerreiro, Banda Mel, Olodum, Chiclete com Banana, Asa de Águia entre outros, começavam a descer dos trios para ganhar os palcos.
Luiz Caldas lembra que a origem da
axé music está no tropicalismo de Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Mas distancia-se do movimento ao afirmar que a grande contribuição do axé não é musical: "Alegria é o grande segredo de nossa música, o descompromisso é fundamental".
No início da década 90 a música baiana ganhava novas caras, Ricardo Chaves (com a música "É o Bicho") e Daniela Mércury (com o "Canto da Cidade")
consolidaram o ritmo e quebraram
as últimas resistências do sul do país. As rádios, que eram dominadas pela música estrangeira começaram a dar prioridade para o artista nacional. No embalo do axé, vieram os sertanejos, os pagodeiros, etc.
O ritmo ganhou novo fôlego com a inclusão do samba de roda baiano. É o Tchan e Terra Samba são os grandes responsáveis pela chamada de "terceira onda da música baiana".
Luiz Caldas tem uma posição muito particular sobre essa nova geração: "Acho que o axé virou de cabeça para baixo.
Hoje tem mais tecnologia e menos qualidade". Mesmo enfrentando algumas críticas severas, o ritmo continua sua escalada meterórica rumo às paradas de sucesso. Longa vida ao axé!
Fonte : Gilberto Amendola Jr