Pedras e Moças Geraldo Azevedo / Zé Ramalho Acho que a primeira pedra Quem atirou não tem perdão A segunda pedra Quem a jogou não sei Sei que não sou eu quem ferirá Pela última vez As milhares moças Tantas madalenas Tenras, tão pequenas Loucas de tanto amor Como é que vão Como é que vêm Tanto querer sem um bem Só segura nessa pausa Quem tem um sol que é maior De quem tenha dó sem ser menor demais Sabe e saberá de si Talvez quem penetrou Nas milhares moças Tantas madalenas Tenras, tão pequenas, Loucas de tanto amor Como é que vão Como é que vêm Tanto querer sem um bem De tanto amor Irá dizer Irá dançar Se os sonhos que vêm Antes dos anjos Dos homens e dos demônios Luciferianas, pobres gabriéis Como são cruéis os deuses meus Ou então serão De tanto amor Como é que vão Como é que vêm Tanto querer sem um bem De tanto amor Como saber Quando gozar Sem conhecer seu sabor Como saber Quando gozar Sem conhecer seu sabor