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39ª Noite da Beleza Negra do Ilê Aiyê
bastidores da folia
O público irá conhecer a Deusa do Ébano (a rainha) do Ilê Aiyê 2017 em um grande espetáculo



A 39º edição da Noite da Beleza Negra, concurso do Bloco Ilê Aiyê que escolhe a DEUSA DO ÉBANO 2018, foi realizada na noite do último sábado, dia 20 de janeiro 2018, na Senzala do Barro Preto. O evento contou com a direção coreográfica de Zebrinha, produção musical de Jarbas Bitencourt e figurinos assinados por Dete Lima e direção de arte de stylling do desfile de moda é de Luciano Santana. ; com o júri: Bruno Gagliasso (ator), Giovanna Ewbank (atriz e coordenadora do Instituto Avon), Aliomar Almeida (Diretor e Vice-Presidente do Ilê Aiyê), Carlos Benedito (professor, doutor), Silvana Oliveira (jornalista), Mafoane Odara (psicóloga e ativista), Nildinha Fonseca (coreógrafa) e Edeise Gomes (coreógrafa).

A Deusa do Ébano escolhida foi Jéssica Almeida Nascimento dos Santos (19 anos) além das princesas Milena Sampaio Nascimento (33 anos) e Lorena Matos dos Santos (20 anos). A premiação este ano teve uma candidata norte-americana entre 16 candidatas participantes. O evento contou com apresentações da Band’Aiyê, Mateus Aleluia e da cantora transformista Divina Valéria.

ONDE FOI : Centro Cultural Senzala do Barro Preto – Curuzu - Salvador BA

 






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A NOITE DA BELEZA NEGRA
A Noite da Beleza Negra do Ilê Aiyê é hoje o maior concurso de beleza e exaltação da mulher negra no Brasil. Nele, o Ilê Aiyê elege a Deusa do Ébano (Rainha do Ilê), que tem a missão de levar ao público todo encanto e consciência que a mulher negra necessita para elevar sua auto-estima e censo crítico. Um dos maiores objetivos da Associação Cultural Ilê Aiyê é sedimentar a auto-estima na comunidade negra de Salvador e propagar a cultura afro-baiana para os mais diversos pontos do mundo. Na Noite da Beleza Negra, o Ilê faz isso com o foco direcionado para a mulher negra.
O concurso acontece desde 1975 e nasceu a partir da constatação de que não havia nenhum registro de que uma mulher negra tivesse ousado concorrer em uma competição de beleza. Apesar de a população brasileira ser majoritariamente mestiça, o biotipo de mulheres que o Brasil exportava a partir dos seus concursos de beleza não correspondia à realidade étnica nacional. Com o surgimento do Ilê Aiyê, sobretudo após a criação da Noite da Beleza Negra, veio à tona a discussão acerca “de ser negro”, da negritude e do padrão de beleza diferente, mas longe de ser inferior.
A estética do concurso é regida pelos trançados dos cabelos, estamparias do tecido, pela graça da dança, mas, sobretudo, pela consciência da candidata no que diz respeito a sua negritude, sendo ela atuante na comunidade nesse sentido. Por isso, quando o Ilê Aiyê elege a sua Deusa do Ébano, a entidade está fortalecendo a cultura baiana através da afirmação da consciência negra e da manutenção das suas raízes. As finalistas precisam atender aos requisitos de beleza, atitude, aptidão para dança afro e conhecimento sobre a história do Ilê Aiyê e do povo negro na Bahia.




Fonte : IDERB BA- janeiro 2017

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