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Os tambores mundiais do percussionista baiano agitaram o Pelô
pelourinho cultural
A destreza e a rapidez com que Orlando Costa passeava entre tamanha variedade instrumental eram de espantar

O Pelourinho Cultural, programa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, promoveu ontem, dia 07 de outubro, uma diversidade de manifestações artísticas espalhadas por ruas e Largos do Centro Histórico. Quatro projetos aprovados no edital Tô no Pelô realizaram apresentações no que se tornou uma quinta-feira animada para o Pelourinho. O destaque da noite foi a apresentação inebriante do instrumentista baiano Orlando Costa, que deu o pontapé inicial no seu projeto Eu Porque Sou Percussivo no Largo Tereza Batista.
O palco, ambientado com uma infinidade de instrumentos de percussão, já anunciava que o Largo Tereza Batista teria uma noite de homenagem ao tambor e à percussão nas suas mais diversas formas. Mas a quantidade de tambores, sinos, pratos, marimbas e pandeiros era de longe incompatível com o número de integrantes da banda que acompanhava Orlando. Os músicos do grupo não chegavam a ocupar a metade dos instrumentos. Todo o resto ficou por conta do percussionista, que não deixou um chocalho sequer sem emitir sons.
A destreza e a rapidez com que Orlando Costa passeava entre tamanha variedade instrumental eram de espantar. O músico alemão Holger Wittkowski assistia emocionado a apresentação. Holger, que chegou a morar no Brasil por muito tempo, mas atualmente reside em sua terra natal, trabalhou junto com Orlando quando a carreira do percussionista ainda estava no início. “Quando tocávamos juntos, o Orlando sempre sonhava fazer um trabalho assim, como o que ele tem hoje. É uma alegria ver que ele chegou exatamente onde queria”, disse. Para Holger, o potencial musical do povo baiano é enorme, mas ainda há pouco interesse em apreciar a música instrumental. “É interessante perceber que há ações que incentivam o gosto pela música instrumental, como essa aqui hoje”, conclui.
Outro momento especial do show foi quando Orlando convidou ao palco o pai, Sr. Jurandir Costa, o irmão, Leonardo Reis, e o filho, Luan, de 16 anos. Unida entre os variados instrumentos de percussão, a família tocou sambas tradicionais baianos, a exemplo de Como chove em Salvador. Ao final da participação, Orlando agradeceu a presença dos convidados, sob aplausos. “É daqui que eu venho, gente. Muito obrigado!”.
Durante o show foram apresentadas, além de composições próprias, parcerias e canções de artistas como Sting. Os instrumentos utilizados, todos da coleção do artista, foram pinçados de diversos países da África, da Ásia e América, nas viagens realizadas por Orlando. “Estar em palco dentro do meu show é como estar em um parque de diversões”, disse o percussionista. O projeto de Orlando continua no Largo Tereza Batista até o final de outubro, todas as quintas-feiras, a partir das 21h.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA
confira aqui

Fonte : Pelourinho Cultural - Outubro 2010

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