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Grupo Opaxorô animará quartas do Pelô
pelourinho cultural
Grupo inclusivo formado por alunos e aprendizes da APAE apresentará os espetáculos “Contando Histórias” e “Orquestra de Atabaques”


Opaxorô Cia de Dança e Percussão no espetáculo Orquestra de Atabaques, uma mistura de ritmos brasileiros tomará conta do Centro Histórico com uma série de apresentações do grupo Opaxorô Cia de Dança e Percussão a partir do dia 29 de setembro. Formada por alunos e aprendizes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Salvador, é a primeira vez que a companhia, formada em 1991, mostrará um espetáculo no Pelourinho. Todas as quartas-feiras, às 20h, no Largo Tereza Batista, o público poderá assistir aos espetáculos Contando Histórias e Orquestra de Atabaques, ambos com muita percussão, canto e dança. O projeto foi contemplado no edital Tô no Pelô - Apoio à Dinamização Artístico Cultural do Pelourinho (Categoria Ocupação de Largos), promovido pelo Instituto Patrimônio Artístico e Cultural, Pelourinho Cultural, Fundo de Cultura e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.
Único grupo formado por pessoas com deficiência intelectual que possui registro profissional na Bahia, a Cia Opaxorô contará para as apresentações dos espetáculos no Pelourinho com um elenco formado por 03 cantoras, 10 músicos, dos quais seis com deficiência, e 05 dançarinos (03 com deficiência). “A companhia atua sob a ótica inclusiva, cuja formação integra jovens com deficiência e outros oriundos da comunidade atendidos pelo Projeto Arte Viva, que desenvolve oficinas de arte-educação. O nosso objetivo é mostrar a eficiência dessas pessoas, não a deficiência. O público nem percebe quando vê nossos espetáculos quem tem deficiência ou não”, ressalta Ubiratan. “Os espetáculos que nós vamos apresentar no Pelourinho são visualmente muito bonitos. O figurino, a dança e a parte musical foram bem cuidados”, afirma o diretor musical Ubiratan Assis. A coreografia é assinada por Janiere de Almeida.
De acordo com Ubiratan, o espetáculo Contando Histórias faz um passeio pelos principais ritmos brasileiros, principalmente os nordestinos. Maracatu, frevo, coco-embolado, samba-de-roda e samba-reggae são revelados com muita animação pelos integrantes da companhia. “Realizamos uma pesquisa para entender a história desses ritmos nordestinos, estudamos a nomenclatura dos instrumentos, o som reproduzido e as suas características básicas. Apesar dos jovens já possuírem familiaridade com os equipamentos, foi importante reforçar este conhecimento”, diz o diretor. “Além disso, a pesquisa se estendeu à dança e ao vestuário, já que este tripé música-movimento-figurino é a base das manifestações culturais brasileiras e nordestinas”, completa.
Já em Orquestra de Atabaques, o grupo apresenta os aspectos sagrado e profano do atabaque, enfatizando a beleza da mitologia africana presente na cultura baiana. Para compor o repertório, o diretor musical conta que foram pesquisadas canções relacionadas ao culto dos orixás. “Ao todo, foram selecionadas 20 músicas populares, que contam as lendas de Exu, Ossaim, Oxumaré, Logun Edé e Nana, tendo como principal acompanhamento o atabaque, instrumento percussivo rico em sonoridade e elemento sagrado dos rituais litúrgicos do candomblé”, acrescenta Ubiratan.
Ele explica que as cerimônias litúrgicas do candomblé são acompanhadas por três tipos de atabaques: Rum, Rumpi e Lê. “Este conjunto sonoro é essencial para a evocação dos orixás. Os toques repicados pelos atabaques identificam a nação das casas de candomblé e dão o compasso para as danças das divindades africanas”, diz.

Fonte : Pelourinho Cultural - setembro 2010

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