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Pioneiro do samba rock lança CD no Pelô
pelourinho cultural
Marku Ribas, cultuado pela nova geração de músicos brasileiros, cantor e compositor mineiro se apresentará pela primeira vez no Centro Histórico de Salvador


Pioneiro do vibrante samba rock nacional nos anos 70, o cantor e compositor mineiro Marku Ribas, comemorando 48 anos de carreira, lançará em Salvador, no dia 24 de setembro, seu mais novo trabalho intitulado 4 Loas. Mestre na percussão e violão e dono de uma voz poderosa e marcante, o músico se apresentará no Largo Tereza Batista, às 21 horas, dentro da agenda do Pelourinho Cultural, programa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. No show, o artista de 64 anos vai apresentar músicas inéditas, todas de sua autoria, além de grandes sucessos da carreira, como os hits Zamba bem e Ô mulher. “Sempre gosto de cantar na Bahia. O público é quente e vai adorar o show, que tem um contexto bem dançante”, explica Marku. O CD 4 Loas surge no mercado após 20 anos sem o músico lançar discos inéditos. Entre as novidades, estão as canções Querobem querubim – composta em parceria com o poeta e ator Arnaud Rodrigues, falecido em fevereiro deste ano – e Altas Horas, em parceria com o contrabaixista e compositor Luizão Maia, um ícone do samba no baixo elétrico falecido em 2005.

TRAJETÓRIA HISTÓRICA
Nascido em maio de 1947 na cidade de Pirapora, em Minas Gerais, próximo às barrancas do rio São Francisco, Marku Ribas se desdobrou em uma carreira bastante produtiva. Em termos musicais, gravou o primeiro disco ainda em 1967 e, desde então, tornou-se referência e influência para outros artistas. Dono de uma profusão criativa, Marku é conhecido pelas fusões rítmicas que vão do samba, xote, baião, batuque e reisado até o encontro com o jazz, rock, funk e a música caribenha. Suas composições foram gravadas por Alcione, Paula Lima, João Donato, Elza Soares, Jair Rodrigues e inúmeros outros cantores. Na década de 70, gravou o emblemático disco Underground, recheado polirritmias, harmonias bem elaboradas e melodias difusas, expressando sua “internacionalidade”, com uma atenção especial para as tradições africanas e caribenhas. O disco foi lançado nos anos 70, trazendo o grande sucesso Zamba Ben, que está entre os maiores hits brasileiros do samba-rock. Em 2008, gravou o seu primeiro DVD, Marku Ribas – Toca Brasil.
O músico também teve participações no cinema. Ribas atuou em filmes importantes da Nouvelle Vague, como Quatre Nuit D’une Revêur (1969), do badalado cineasta Robert Bresson, e Revolution (1970), de Jean-Marc Tibeau. Teve ainda atuações de destaque nos filmes de Helvécio Ratton, Uma onda No Ar (2002) e Batismo de Sangue (2007), em que viveu nesse último o revolucionário Carlos Marighela. Recentemente, participou de Lula, Filho do Brasil, de Fábio e Luís Carlos Barreto, e em Chega de Saudade (2008), da diretora Laís Bodanzky, onde faz par com Elza Soares na fictícia banda Luar de Prata.

Fonte : Pelourinho Cultural - setembro 2010

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