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Fortalecimento dos circuitos é discutido durante II Fórum do Carnaval
bastidores da folia


O fortalecimento do circuito Osmar (Campo Grande) - o mais antigo e tradicional da folia momesca em Salvador - foi um dos principais assuntos discutidos no II Fórum do Carnaval de Salvador. Organizado pelo Conselho Municipal do Carnaval (ComCar), o evento é realizado durante toda esta quarta-feira (17), no anfiteatro da Faculdade de Medicina da UFBa, no Terreiro de Jesus, tendo como objetivo discutir amplamente propostas para melhorar a maior festa popular do mundo. Em 2013, o Carnaval acontecerá entre os dias 7 e 12 de fevereiro.

Durante o painel, mediado pelo presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Jonga Cunha, o presidente do ComCar, Pedro Costa, ressaltou a importância de se discutir alguns aspectos pertinentes ao Carnaval de Salvador. "Dentre eles, o impacto financeiro, a infraestrutura que amplia as oportunidades de emprego e renda, inclusive no circuito Batatinha (no Pelourinho)". Costa também relembrou a lei municipal que criou o conselho, em 1990, que tem em sua composição 25 membros de diversos segmentos, como os blocos carnavalescos e entidades governamentais que auxiliam na construção da festa.

As comparações com outros grandes eventos mundiais serviram de base para a apresentação do empresário Joaquim Nery, um dos palestrantes. "Durante uma viagem à Alemanha, conversei com alguns participantes da Oktoberfest, que afirmaram ter a maior festa do planeta. Mas se compararmos a Salvador, a nossa é maior pela quantidade de pessoas que frequentam por dia", disse ele.

Nery continuou explicando que na Alemanha são trinta dias de festa (geralmente entre os meses de setembro e outubro), atraindo cerca de um milhão de pessoas por dia. Em Salvador, este número é dobrado por dia de festa, mesmo que em apenas sete dias. Ele ressaltou ainda a importância da visão da festa como investimento, para empresas e entidades representantes, e não como custos de produção. "Quando podemos investir sempre em novidades, a ideia de custo fica esquecida, porque sempre vendemos o Carnaval do próximo ano", completou. Em seus tópicos de apresentação, ele lembrou de períodos em que o Carnaval movimentava o circuito Osmar com o encontro dos trios, e que hoje em dia, tem ocorrido mais no circuito Dodô (Barra-Ondina). "E nos grandes eventos, mesmo que fechados, nossos artistas divulgam muito a nossa festa", ressaltou o empresário.

Já o superintendente da Sucom, Cláudio Silva, lembrou do profissionalismo da festa baiana, em comparação a outros eventos do país. Ele ressaltou também uma nova proposta para o próximo ano, no quesito fiscalização. "Só em 2012, tivemos cerca de 50 marquises interditadas, por oferecer riscos à população. Para 2013, a integração de todos os órgãos fiscalizadores será importante para a realização da festa". Silva disse ainda que o trabalho de todas as equipes, e não somente da Sucom, fará com que o Carnaval de Salvador seja mais seguro, no quesito infraestrutura. "Além disso, ainda teremos novas opções para ordenamento dos ambulantes, para não prejudicar os estabelecimentos menores, como bares e restaurantes que montam pequenos camarotes para curtir a festa e ficam impedidos de receber clientes devido à quantidade de isopores que são colocados na frente dos locais".

O representante da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), major PM Arnaldo Oliveira, explicou as ações de segurança previstas para o ano de 2013. Através de gráficos e tabelas, apresentou a estrutura de policiais e investimentos que serão aplicados na festa. Ele lembrou da integração também de outras coordenações de interior, que mandam representantes para completar o efetivo de policiais civis, militares, bombeiros e agentes do Departamento de Polícia Técnica (DPT). "Em 2012, o governo do Estado investiu cerca de 29 milhões de reais em equipamentos e pagamentos do efetivo, e para o próximo ano este número vai crescer", disse o major. Também integrante da mesa, o ex-presidente da Saltur, Cláudio Tinoco, lembrou que a festa baiana é feita de apelos visuais, e não de palavras. "Podemos tratar o Carnaval e suas entidades carnavalescas de forma diferenciada, porque não é justo que o valor cobrado de ISS por bloco seja igual a 3%", disse ele, dando como exemplo os blocos que pagam este valor à Prefeitura e conseguem vender mais de duas mil cotas de participação (abadás), enquanto blocos pequenos, que vendem pouco mais de quinhentos, também pagam o mesmo valor.

NOVOS CIRCUITOS
Tinoco também levantou a proposta de criação de novas áreas para desenvolvimento da festa e lembrou que já existe uma lei aprovada na Câmara de Vereadores, que determina um espaço do bairro da Liberdade como área da festa. "Só que precisa ter aprovação popular e o bairro da Liberdade já possui seu desfile típico com os blocos afro", argumentou Tinoco.
O Afródromo, circuito proposto pela Liga dos Blocos Afros da Bahia e pelo cantor Carlinhos Brown para percorrer na Avenida da França, no Comércio, também foi lembrado. "Mas tudo precisa de infraestrutura e não pode ser feito da noite pro dia", finalizou Cláudio.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA
confira aqui

Fonte : secom (17/10/2012 15:35) - outubro 2012

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