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Público pede ao MinC mais informações sobre Vale-Cultura
cultura e diversidade



Essa foi uma das tônicas do evento, que ocorreu na última terça-feira, em Salvador, com a presença do diretor de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura (MinC), Odecir Prata, do secretário de Cultura da Bahia, Albino Rubim, e do presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro Mais informação. Esta foi uma das principais demandas levantadas na primeira apresentação do Vale-Cultura na Bahia, que reuniu, na noite de terça-feira (15/04), no Hotel Mariz, um público diverso e interessado em entender detalhes do programa. O evento, que foi realizado pela Representação Regional do Ministério da Cultura na Bahia e Sergipe em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Bahia (ABRH-BA), contou com a presença do diretor de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura (MinC), Odecir Prata, do secretário de Cultura da Bahia, Albino Rubim, e do presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro.

O Vale-Cultura é um benefício de R$ 50 mensais para o trabalhador que tenha seus direitos regidos pela CLT e que ganhe até cinco salários mínimos. A estimativa é que ele beneficie 42 milhões de trabalhadores, desde que o empregador tenha feito adesão ao programa. Segundo previsão do Ministério da Cultura, o potencial de investimentos na cadeira produtiva do setor cultural é R$ 25 bilhões. Os dados apresentados na última terça-feira mostram que a Bahia é o estado do Nordeste com maior número de empresas que já aderiram ao programa. Totalizam 288 empresas na região, sendo que 75 delas estão no estado. Mas o número de trabalhadores beneficiados é maior no Ceará, com 8.028 inscritos. Na Bahia, o número é de 7.295 trabalhadores.

A região Sudeste é a que detém o maior número de empresas beneficiárias, totalizando 849. Metade das beneficiárias brasileiras do Vale-Cultura está nessa região, já o país tem 1.745 empresas cadastradas no benefício. Foram os dados de implementação que chamaram a atenção de artistas, produtores e gestores presentes. “O principal questionamento para o artista é o fato de que só quem aceita esse benefício em seus espaços culturais é quem tem a máquina de crédito. Ou seja, é um dinheiro que vai de empresa para empresa, não contempla artistas de rua e independentes. Além disso, provoca a concentração de renda nas sedes das empresas, que ficam localizadas no eixo Rio-São Paulo”, disse Natan Duarte, do Colegiado Setorial de Teatro do MinC.

Para o diretor do MinC, a implementação do Vale-Cultura só pode ser medida agora, após os primeiros meses de 2014. “É ainda um curto espaço de tempo de ajuste do programa e as operadoras repassaram, há poucos meses, os dados de utilização do cartão para o ministério”. O que se espera, segundo ele, é que “este é um novo modelo de política cultural criado para impulsionar o consumo de produtos e serviços culturais para o trabalhador”. Hoje são 28 empresas que podem oferecer o cartão às empresas beneficiárias. Esta é uma escolha da empresa que aderiu ao programa. Além disso, seis mil estabelecimentos já estão credenciados em âmbito nacional. O presidente da Fundação Gregório de Matos disse que o Vale-Cultura “é uma iniciativa muito corajosa, pois transfere o eixo de escolha, colocando a decisão de consumo na mão do cidadão”. Esta opinião foi compartilhada por Ticiana Guaranys, gestora do Teatro ACBEU. “A ideia do Vale-Cultura é extremamente interessante, no sentido de se pensar em uma quantia que seja destinada exclusivamente para o consumo de cultura. Isso é uma forma de agregar conhecimento e acesso ao cidadão. Sinto somente que precisamos entender melhor o seu funcionamento e também divulgar de forma mais abrangente este benefício”, comentou ela. Também presente na mesa de debate, o secretário de Cultura da Bahia, Albino Rubim, reiterou o compromisso da Bahia em ajudar na consolidação do Vale-Cultura no estado, por considerar que “políticas como esta de financiamento cultural são da maior importância, pois estimulam o consumo de bens culturais e, na mesma proporção, contribuem para o desenvolvimento do país”.


Fonte : SECULT BA (17/04/14 | 09H04)- abril 2014

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