cantinho da folia

Quê Rei é esse?

Quê rei é esse ? Sem reinado e sem coroa, sem castelo, sem criados, nem librés, onde seu mandato apenas gira em torno da folia.

Toquem os tambores ! É o Rei Momo, o guardião da folia! Sua Majestade, do alto da eleição, está pronto para a folia, com muito humor, desembaraço, simpatia e espírito carnavalesco, que são características básicas para um "gordinho" se tornar Rei Momo; abre oficialmente o Carnaval da Bahia, recebendo as chaves da cidade das mãos do Prefeito.

O concurso para escolha do Rei Momo do carnaval baiano é promovido pela Federação dos Clubes Carnavalescos. Exige-se que o candidato seja gordinho, tenha acima de 18 anos e estará presente em todos os eventos oficiais do carnaval ao lado das rainhas e princesas. A escolha do gordinho mor pela via democrática começou a partir da década de 90.

Personagem tradicional do carnaval, tem origem na mitologia grego-romana: Momo era de Deus da Irreverência, motivo que o levou a ser expulso do Olimpo, onde moravam todos os deuses.

"Um Deus que, por ser considerado sarcástico, zombador e muito irreverente, acabou sendo expulso do Olimpo. Há tempos atrás, na época da Roma antiga, o melhor soldado da guarda era coroado Rei Momo. Esta nomeação lhe dava direito a passar um dia de rei". Era tratado como tal. Comia e bebia até não aguentar mais e se divertia até a exaustão. Ao final da festa, o soldado era sacrificado no altar apropriado. A primeira retratação do Rei Momo no Brasil veio pelas mãos de um caricaturista.
O personagem aparecia com a máscara em uma das mãos, um sorriso nos lábios e na outra mão um cedro bem pesado. Mesmo assim, o desfile do Rei Momo nas ruas só veio acontecer pela primeira vez em 1961, sendo representado pelo então taxista conhecidíssimo na época "Ferreirinha".

" ... Entregai-vos todos, com loucura na satisfação de gozar a maior festa popular do ano, aos prazeres desses dias felizes do império de Momo! Ao riso! a alegria inebriante! ..."

Espiando a multidão multicolorida e eletrizada que se esbalda no carnaval baiano, quem pode imaginar que esta farra começou com um formato totalmente diferente, antes mesmo da era cristã ?
Baco, Momo e Saturno, divindades da mitologia antiga dividiam as honras dos festejos. Gracioso e escrechado, Momo era representado com uma máscara na mão e na outra mão uma figura ridícula, dando a entender que adorava desmascarar os vícios do homem.

O Rei Momo parece ter surgido em Espanha, sob a forma dum boneco que se queimava, como forma de suavizar um costume antigo mais brutal, simbolizando a morte de Jesus Cristo propiciadora da sua ressurreição.

Texto: Claúdia Pedreira


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